Quem passa as noites em claro vai entender muito bem esse post.
Existem cansaços que um cochilo não resolve.
Existem feridas que não sangram, mas doem como se estivessem abertas.
E existem noites que não acabam quando amanhece.
As noites em claro não se encerram no nascer do sol. Elas continuam na alma da mãe — que levanta o corpo, mas deixa pedaços de si na madrugada.
Quando o silêncio da madrugada grita mais alto que o choro do bebê
Você está ali, no quarto escuro, tentando mais uma vez fazer seu filho dormir. O corpo dói. A mente está entorpecida. E no fundo do peito, um buraco.
Você não está apenas cansada. Está esgotada espiritualmente.
E é difícil falar disso, porque ninguém espera que uma mãe diga:
“Perdi minha fé.”
“Não sinto mais nada.”
“Não me reconheço.”
Mas é isso que as noites em claro fazem com muitas mulheres.
A desconexão consigo mesma que acontece nas noites em claro
Antes da maternidade, você talvez tivesse sonhos, projetos, identidade. Havia momentos seus, pensamentos seus, até silêncios que eram gostosos de sentir.
Mas agora, parece que tudo foi engolido pela rotina. O tempo é do bebê. O corpo é do bebê. A madrugada é dele.
E você, onde ficou?
Aos poucos, a mulher vai desaparecendo. E sobra apenas a mãe — ferida, culpada, exausta, perdida. É uma exaustão sem fim.
O esgotamento que não se vê nas noites em claro
A exaustão espiritual não tem forma. Não aparece em exames. Não vira diagnóstico.
Mas você sente:
- Falta de sentido nas coisas que antes te davam prazer
- Sensação de estar apenas sobrevivendo
- Perda da capacidade de sonhar ou desejar algo para si
- Uma tristeza que não tem nome, mas ocupa espaço
- Um vazio existencial, mesmo rodeada de amor
Tudo isso pode ser fruto de noites em claro. Da repetição silenciosa da dor. Do acúmulo de ausências internas.
A dor de não sentir gratidão
Outro peso que ninguém conta: a culpa por não sentir gratidão.
Você sabe que ama seu filho.
Você sabe que há mães em situações muito piores.
Mas, mesmo assim, sente-se vazia.
E isso te faz acreditar que está errada. Que está sendo ingrata. Que está falhando como mãe e como ser humano.
Mas aqui vai um alívio: você não está errada. Está apenas vivendo uma dor que ninguém ensina a nomear.
E quando o espiritual entra em colapso?
A dor espiritual também é feita de silêncio.
É a falta de conexão com algo maior — seja Deus, a fé, a intuição, a própria alma.
É aquele momento em que você olha para o espelho e não sente nada. Nem dor, nem raiva, nem esperança.
A maternidade, quando marcada por noites sem fim, pode romper com essa conexão. Porque para sentir o divino, é preciso antes estar inteira. E às vezes, você só está em pedaços.
Como cuidar da alma que não dorme?
- Reconheça que existe uma alma aí dentro — e que ela precisa de atenção.
Você não é só um corpo funcionando. Você é uma história em movimento. - Permita-se sentir.
Raiva, tristeza, medo, vazio… todos esses sentimentos também são humanos. Não os negue. - Crie pequenos rituais que te reconectem com você.
Acender uma vela. Ouvir uma música que te emocione. Escrever um desabafo. Rezar. Respirar. - Busque ajuda, sem medo de parecer fraca.
Cuidar do sono do seu bebê é também cuidar da sua alma. Porque sono não é luxo. É base para a vida. - Cerque-se de narrativas que te representem.
Leia, ouça, veja conteúdos que validem sua dor — como este texto.
Conclusão
As noites em claro não roubam só o descanso. Elas drenam a força vital, desconectam a mãe de si mesma, da sua essência, da sua fé.
Mas dentro de você, ainda existe uma centelha. Um lugar que não se apagou.
Você não precisa reencontrar a luz de uma vez. Basta uma faísca. Um respiro. Um gesto de cuidado. Uma nova noite que seja diferente.
Você merece dormir. Merece paz. E merece sentir que está viva — e não apenas funcionando.
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